O Brasil vai propor na COP29, que acontece em novembro no Azerbaijão, um fundo global para financiar a transição energética. A informação é do ministro das Minas e Energia Alexandre Silveira, que participa da reunião ministerial do G20 para transição energética, em Foz do Iguaçu (PR), até sexta-feira (04). O ministro afirmou ainda que essa busca por essa pluralidade energética, justa e inclusiva, deve ser financiada pelo petróleo.
Silveira reforça que o movimento da economia verde, da energia e dos combustíveis renováveis representa uma nova economia mundial e que precisa ter um alinhamento de nações. “Enquanto não avançarmos de forma global, se não houver governança e mecanismos de medição, não haverá transição energética”, sentencia o ministro. Disse ainda que a grande inflexão do crescimento global será a energia.
Nesse sentido, o ministro também admite que é necessário modernizar os mecanismos brasileiros, como Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para receber e operar com segurança essas energias alternativas, como a eólica, fotovoltaica e de biomassa. Além de ampliar a oferta, a intenção é ter mais estabilidade no fornecimento dessas energias, classificadas como intermitentes, sujeitas questões como o vento e sol, por exemplo.
Sobre o petróleo, Silveira reitera que, enquanto houver demanda, o Brasil não pode abrir mão de suas riquezas e reservas naturais, desde que exploradas de forma adequada, em nome do desenvolvimento econômico e social do país.
Enio Verri, diretor-presidente brasileiro da Itaipu Binacional, anfitrião do evento em Foz, seguiu o ministro na defesa de um modelo de transição financiado pelo petróleo: “fundamental.” Na abertura dos trabalhos do G20, na segunda-feira, o executivo já tinha colocado o petróleo como um ativo e condição ao processo de transição.