PLANO

Governo quer restaurar áreas degradadas para aumentar produção agrícola, diz secretário do Mapa

Secretário diz ser preciso criar acesso dos agricultores aos recursos financeiros e à assistência técnica para a conversão das áreas

Restauração de áreas
Foto: Arthur Prudêncio de Araújo Pereira/UFC)

O secretário de Inovação e Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Pedro Neto, disse que o objetivo da pasta é restaurar áreas degradadas para intensificação de agropecuária, florestamento e produção agrícola.

Ele participa do “Brasil na COP”, evento que a Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil) realiza nesta sexta-feira (6), na capital paulista.

De acordo com o secretário, o Brasil tem atualmente 40 milhões de hectares de áreas de pastagem em grau de degradação média ou severa.

Pagamento de serviços florestais

Ele acrescentou que o Brasil tem um dos regramentos ambientais mais severos do mundo, que deve ser seguido à risca, mas ressaltou a necessidade de calcular quanto custa o pagamento de serviços florestais, para quem não faz ser estimulado a fazer.

Para isso, segundo Neto, é preciso criar acesso dos agricultores aos recursos financeiros e à assistência técnica necessária para a implementação de práticas sustentáveis.

“Como o Plano Clima pode contribuir para fortalecer e expandir o alcance do Plano ABC+? Essa pergunta é ótima porque toda vez que a gente faz um debate mais conceitual tem a ver com a elaboração de plano. O compromisso setorial aliado ao compromisso nacional é muito importante para a resiliência dos setores produtivos da economia nacional”, disse o secretário do Mapa.

De acordo com Neto, o problema passa pela dificuldade de as autoridades e os especialistas em clima em engajar nessa questão o produtor que está em sua propriedade, longe dos debates profundos sobre a mudança climática numa política nacional.

“Como é que a gente conta isso ao produtor de forma respeitosa, de forma atraente, para que ele possa enxergar uma nova tecnologia, uma nova forma de desenvolver, uma nova forma de produção?”, questiona o secretário.