A quarta-feira começou com mínima de -4 ºC em Urupema, na serra catarinense, e termômetros marcando 3 ºC em áreas do Rio Grande do Sul. Geou em território gaúcho, afetando pastagens e plantações de hortaliças.
Em Dom Pedrito (RS), a mínima de 3 ºC foi a menor para abril desde a instalação da estação meteorológica, feita dez anos atrás. No entanto, de acordo com os dados da Somar Meteorologia, o recorde é maior: faz 20 anos que não se via um frio desses em abril. “Já tínhamos avisado que o frio chegaria mais cedo este ano e outras ondas de frio virão”, diz Celso Oliveira, meteorologista da Somar.
Para áreas de milho segunda safra não há risco de geadas nos próximos dias. Porém, embalados pelos bons preços do grão, muitos produtores arriscaram plantar em áreas mais altas este ano. Na segunda quinzena de maio, pode gear em algumas lavouras do Centro-Sul. Por se tratar de uma previsão feita com muita antecedência, é preciso monitorar eventuais mudanças.
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Estiagem segue
O Rio Grande do Sul recebe chuvas de 12 a 18 de abril, segundo a previsão do tempo. Apesar da precipitação ser bem-vinda repondo um pouco a água no solo, seus volumes serão baixos na parte do estado: cerca de 15 milímetros distribuídos em sete dias, o que é insuficiente para reverter o déficit hídrico e controlar as perdas de safra.
O maior volume esperado é no noroeste gaúcho, onde cerca de 30 milímetros podem ser registrados, mas é justamente lá que o solo está menos comprometido por estresse hídrico.
De modo geral, não deve secar por completo, pois daqui para frente são esperados mais episódios de chuva quando comparado ao verão. Porém, as precipitações seguirão espaçadas, e essa irregularidade ainda será bastante comprometedora na safra atual.
