Os próximos dias serão de fenômenos climáticos intensos nas cinco regiões brasileiras. Um ciclone extratropical traz alerta ao Sul do país, enquanto a queda de granizo ameaça o Sudeste.
Centro-Oeste, Nordeste e Norte não passam impunes à força da natureza. Acompanhe a previsão para os próximos dias:
Sul
Um ciclone extratropical deve se formar sob o litoral de Santa Catarina e Rio Grande do Sul entre quinta (15) e sexta-feira (16). Assim, deve causar chuvas volumosas entre os dias 15 e 17 de até 200 mm na área em vermelho do mapa acima, compreendendo boa parte da região sul de SC. Há risco de inundação em lavouras e deslizamentos de terra.
O fenômeno deve causar fortes rajadas de vento entre 60/70km/h, podendo causar o efeito de “acamamento” nas lavouras próximas à faixa litorânea. Esse sistema deixa o mar agitado com ondas entre três e cinco metros, podendo trazer ressaca na faixa costeira.
Esse ciclone deve se afastar para o oceano no decorrer do final de semana, deixando o tempo mais firme em todas as regiões. Porém, temperaturas mínimas vão girar em torno de 5ºC/8ºC nas áreas de baixada, com risco baixo para geada entre os dias 18 e 20 de junho no Rio Grande do SuL e em Santa Catarina.
Sudeste
Uma frente estacionária atua principalmente sobre São Paulo, o que deixa o tempo nublado e chuvoso entre quarta-feira (14) e sexta-feira (16), com volumes que podem chegar a 40 mm nas manchas em azul escuro do mapa acima.
Com o avanço do ciclone extratropical para o oceano no final de semana, uma área de instabilidade se formará sobre Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro entre os dias 16 e 18, onde um cavado em médios níveis cria a condição para queda de granizo de forma pontual sobre esses estados.
As pedras de gelo podem afetar, principalmente, as lavouras de café que se encontram em fase de colheita. O mar deve ficar agitado entre sexta-feira e final de domingo, com ondas de entre 2,5/3 m. Condição de melhoria a partir de segunda-feira (19).
Centro-Oeste
As chuvas devem cessar durante os próximos dias em Mato Grosso do Sul. Porém, o ar mais frio e seco tende a predominar em boa parte do estado, principalmente no extremo sul, onde as mínimas nessa próxima madrugada podem chegar a 3ºC. O risco para geada fraca pode afetar as lavouras em desenvolvimento.
O tempo firme nos próximos dias contribui para o tratamento fitossanitário, em especial nas lavouras de algodão. Nessas plantações, o combate ao bicudo e pulgões se faz necessário, pois a cultura se encontra em bom desenvolvimento e em fase de maturação, em sua maioria.
Nordeste
No Nordeste, as chuvas devem se concentrar no centro-norte do Maranhão, litoral da Paraíba e do Rio Grande do Norte com volumes previstos em torno dos 60 mm na mancha verde do mapa.
Situação de estiagem persiste no interior da região, sem previsão de chuva para os próximos dias em boa parte da Bahia, Piauí e centro sul do Maranhão.
A seca deve prejudicar as pastagens e lavouras de milho segunda safra que se encontram em fase de enchimento de grãos, principalmente as cultivadas em sequeiro. As temperaturas máximas podem chegar a 33/35ºC, principalmente no Piauí.
Norte
A combinação de calor e umidade provoca chuvas na faixa norte da região. Maiores volumes nas manchas em amarelo de Roraima, que podem chegar a 100 mm nos próximos dias.
O alerta continua para o fenômeno de “friagem”, com mínimas no Acre e em Rondônia abaixo de 15ºC até o próximo domingo (18), com o tempo voltando a esquentar a partir de segunda-feira (19).
Persiste a situação de falta de chuvas no Tocantins, o que deve impactar na produtividade do milho segunda safra que se encontra em fase de enchimento de grãos já que o solo está ressecado devido à umidade abaixo dos 30%, principalmente na faixa leste do estado. Não estão previstos acumulados para os próximos dias.
Tempo firme no Acre e Rondônia favorece principalmente o avanço da colheita do café.