A Nasa divulgou recentemente um estudo que utiliza dados de diferentes satélites para mapear a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera de janeiro a março de 2020. O modelo mostra a atmosfera repleta de CO2, um ano marcado por um recorde de focos de incêndio em várias partes do mundo.
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Desde a era pré-industrial, a liberação de CO2 praticamente dobrou, com países como China, Estados Unidos e regiões do sul da Ásia exibindo grandes concentrações desse gás.
“A simulação da Nasa revela como o CO2 se distribui na atmosfera, sendo transportado por correntes de ar e impactando diferentes regiões do planeta. Esse gás é emitido tanto por fontes naturais quanto por atividades humanas, especialmente indústrias e incêndios florestais”, comenta o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller.
Imagens de satélite mostram densas nuvens de CO2 sobre áreas dos Estados Unidos, Europa e Ásia. Na América do Sul, o cenário é menos intenso, mas ainda assim preocupante. “Os países mais industrializados são os maiores poluidores, contribuindo significativamente para o aumento das temperaturas globais”, destacou Müller.
A análise aponta para um futuro com possíveis restrições mais severas para controlar as emissões, especialmente em países altamente industrializados. “É crucial entender de onde vem esse carbono e como ele afeta o planeta. Sem uma ação coordenada, as consequências podem ser devastadoras”, disse o meteorologista.