A chegada de uma massa de ar polar no fim desta semana preocupa o mercado de café, que teme geada em regiões produtoras. Os contratos futuros tiveram alta de quase 6% nesta segunda-feira, 29, na Bolsa de Nova York. “Há também previsão de chuva, o que pode fazer a colheita parar alguns dias e café cair no chão, perdendo os grãos mais finos”, afirma o analista de mercado Eduardo Carvalhaes.
Segundo ele, o mercado deve ficar instável, com tendência de alta nos próximos dias, até que se saiba exatamente os reflexos do frio mais acentuado.
O analista de mercado Haroldo Bonfá também vê cotações pressionadas. “Com isso, o mercado interno está tomando outro rumo e acompanhada Nova York. Temos mercados parados esperando uma definição maior”, afirma.
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O que esperar do tempo?
De acordo com a meteorologista Desirée Brandt, da Somar, as temperaturas mínima devem cair no fim desta semana, podendo ser negativas nos pontos mais altos da região Sul. Porém, o frio não deve ser suficiente para provocar geada nos cafezais.
Em Maringá (PR), por exemplo, os termômetros devem marcar 6 ºC na quinta-feira, 2. “Depois disso, a temperatura começa a subir; e deve cair de novo por volta do dia 22, mas não será uma queda tão acentuada. O frio pode, no máximo, diminuir a qualidade dos grãos”, diz.
