A sexta-feira (2) começou com o céu carregado no Rio Grande do Sul, por causa da presença do sistema e da frente fria. Ao longo do dia, um ciclone extratropical, entre a costa do Uruguai e do Rio Grande do Sul, deixou o mar agitado, provocando ventanias ao longo de toda a faixa leste gaúcha.
No sábado (3), a frente fria vai avançar pela região Sul e deve provocar chuva nos três estados da região. O fim de semana, contudo, não deve se resumir ao registro de chuvas no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná. Deve gear no domingo (4).
Em relação à quantidade de chuva, a expectativa é de algo em torno de 70 até pouco mais de 100 milímetros entre o leste de Santa Catarina e o leste do Paraná.
“Entra em ação uma massa de ar, de origem polar. Há previsão de geadas na madrugada de domingo entre o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná”, informa Desirée Brandt, meteorologista da Climatempo. “Essa massa de ar polar não terá um alcance muito grande pela região Centro-sul do Brasil”, destaca.
Ou seja: não deve gear no fim de semana em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais. Nessas áreas, contudo, o frio atacará novamente.
Chuva e frente fria costeira
No domingo, o tempo muda no estado de São Paulo. Aliás, no fim do sábado já tem previsão de chuva para o território paulista, com o dia seguinte ficando ainda mais nublado e chuvoso.
“No entanto, é mais uma frente fria muito costeira. Ou seja: o sistema vai provocar chuva na faixa leste do Sudeste e não terá forças para aumentar a quantidade de nuvens no interior do Brasil”, explica Desirée.
Previsão para a próxima semana
Ao longo da semana que vem, um corredor de umidade será formado entre o Sul do país e a região Norte, o que deve aumentar a quantidade de nuvens entre Mato Grosso do Sul, oeste de Mato Grosso e Rondônia.
A chance de chuva é muito pequena. Com isso, o tempo segue seco no centro do Brasil. Por um lado, essa condição favorece os trabalhos de campo, colheita, maturação e secagem de grãos de muitas áreas produtoras no Centro-Oeste e no Sudeste.
Por outro lado, o tempo mantém elevado o risco para o surgimento de novos focos de incêndio. Somente nas últimas 48 horas, Mato Grosso registrou mais de 860 focos de incêndio — Amazonas e Pará também registraram mais de 800 ocorrências desse tipo no período. “E por enquanto não tem previsão de mudanças que possam amenizar essa condição”, alerta a meteorologista.