A semana começou com atuação de uma frente fria na costa do Brasil, sobretudo entre as regiões Sul e Sudeste. O sistema é responsável por muitas instabilidades sobre o Centro-Sul do país, onde a chuva deve seguir mais frequente e volumosa ao longo dos próximos dias.
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Até a próxima sexta-feira (3) são esperadas chuvas de moderada a forte intensidade, com volumes de 30 a 50 milímetros, em áreas produtoras entre Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e sul de Minas Gerais. Apesar dos acumulados mais expressivos nessas áreas, não há previsão para o tempo completamente fechado e chuvoso. Ainda assim, os episódios frequentes e fortes de chuva podem impactar momentaneamente as atividades de colheita de soja e, consequentemente, continuar atrasando a instalação do milho segunda safra.
“A umidade acima de 14% pode provocar danos mecânicos durante o processo e trazer problemas logísticos para os produtores” — Luiza Cardoso Costa
“A chuva, além de atrapalhar os trabalhos de campo, tem prejudicado a qualidade da soja na hora da colheita. A umidade acima de 14% pode provocar danos mecânicos durante o processo e trazer problemas logísticos para os produtores”, diz Luiza Cardoso Costa, da Climatempo. Cerca de 34% das áreas de soja já foram colhidas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Chuva no primeiro fim de semana de março
Durante o próximo fim de semana, uma nova frente fria vai avançar rapidamente pelo Centro-Sul brasileiro. O sistema deve provocar chuvas isoladas e com moderada intensidade sobre o Rio Grande do Sul, entre a sexta-feira e o sábado (4). Essa chuva, contudo, não é suficiente para recuperar a umidade no solo nas áreas mais secas do território gaúcho, mas deve trazer um alívio pontual para as lavouras em desenvolvimento.
Por outro lado, o sistema mais uma vez deve concentrar os maiores volumes de chuva nas demais áreas do Sul, principalmente sobre o Paraná. Ainda nesta semana, chuvas fortes e mais abrangentes são esperadas sobre a região Norte. No interior do Amazonas pode chover mais de 70 milímetros no decorrer dos próximos cinco dias dias. Além disso, há risco para fortes tempestades entre Roraima, norte do Pará, Amapá e norte do Maranhão — isso devido à atuação da zona de convergência intertropical (ZCIT).
Sobre a maior parte do Brasil Central, incluindo Mato Grosso e Goiás, e no interior do Matopiba são esperados episódios de chuva mais isolados e alternados com períodos maiores de tempo aberto, que possibilitam as atividades no campo, especialmente a colheita da soja. Enquanto isso, na metade norte de Minas Gerais, assim como no Espírito Santo e em grande parte da Bahia, a expectativa é de uma semana de tempo mais firme e com temperaturas elevadas. Nessas áreas, apesar do tempo seco favorecer a colheita, a umidade do solo está caindo rapidamente, especialmente no interior baiano, e prejudica lavouras em desenvolvimento.
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Mais frente fria e grandes acumulados
Deve voltar a chover de forma frequente — e com maiores volumes acumulados — sobre as áreas produtoras do norte de Minas Gerais, do Espírito Santo e da Bahia no decorrer da próxima semana. Nesse período, uma frente fria vai passar pela costa do Brasil — e ela vai aumentar as instabilidades sobre a metade norte do Brasil.
As chuvas devem aumentar sobre o restante do Matopiba, além de Goiás e Mato Grosso, onde podem impactar as atividades no campo. Em contrapartida, no decorrer da próxima semana, as chuvas reduzem os períodos de tempo aberto entre a região Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul, favorecendo as atividades de colheita da soja e o avanço do plantio do milho segunda safra.
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Editado por: Anderson Scardoelli.
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