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Semana tem chuvas de até 100 mm no Centro-Sul; veja áreas que receberão mais pancadas

Previsão do tempo indica que há potencial para granizo em Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo

Nesta semana, a “gangorra climática” se inverte e o tempo fica mais firme na metade norte do Brasil, com chuvas no Centro-Sul. Linhas de instabilidade causam pancadas de chuva em boa parte do Sudeste, com volumes que podem chegar a 100 milímetros em parte de São Paulo, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro nesta semana. Há potencial para granizo em Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Embora a precipitação aconteça de forma irregular diariamente, os vários dias seguidos com previsão de chuva na mesma área farão com que o acumulado final seja mais elevado e abrangente. Estimam-se pelo menos 50 milímetros no sul de Mato Grosso do Sul para as áreas de soja, que já devem enfrentar temporais no início desta terça-feira, 10.

Mesma quantidade de chuva é esperada para o leste de Santa Catarina, em áreas de tabaco; na Mogiana, atingindo lavouras de café, laranja e cana-de-açúcar; sudeste de Goiás (soja); e oeste, sul, leste e centro de Minas Gerais (soja, café e milho) até a próxima sexta-feira, 13.

A umidade do solo vai aumentar desde o noroeste e norte do Rio Grande do Sul até Rondônia nos próximos sete dias. Mas o aumento promete ser mais significativo no meio-oeste de Santa Catarina, boa parte de Mato Grosso do Sul, noroeste de São Paulo, Triângulo Mineiro e sul de Goiás.

Próximas semanas

A temperatura permanecerá mais elevada que o normal pelos próximos sete dias em boa parte do Brasil. Já na segunda metade da semana que vem, há previsão de declínio de temperatura com mínima de até 10 °C no sul do Rio Grande do Sul e áreas mais elevadas de Santa Catarina e Paraná.

Entre 14 e 18 de novembro, uma frente fria organizará chuva sobre Minas Gerais, interior do Espírito Santo, Mogiana, Goiás, sul e sudoeste da Bahia, sul de Tocantins e áreas do sul, centro e oeste de Mato Grosso. Em todas as áreas, estimam-se pelo menos 50 milímetros.

Por fim, entre 19 e 23 de novembro, a frente fria vai levar chuva forte novamente ao Matopiba, além do Pará e norte dos estados de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Em pouco mais de 15 dias, há previsão de chuva acima da média desde o leste do Rio Grande do Sul até Minas Gerais passando por Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Espírito Santo.

Estimam-se mais de 150 milímetros de precipitação na Zona da Mata de Minas Gerais e entre 100 e 150 milímetros na Mogiana, sul e oeste de Minas Gerais e sudeste e leste de Goiás.

No Sul, apesar da previsão de chuva acima da média, o acumulado quinzenal varia entre 50 e 100 milímetros e as áreas do Sul do Rio Grande do Sul só vão receber chuva mais volumosa nesta semana.

“Dezembro ainda promete ser um mês complicado com anomalia negativa para parte do Sul do Brasil”, diz Celso Oliveira, meteorologista da Somar. No Paraná, a área de soja instalada alcançou quase 65%. A média dos últimos anos é de quase 70% nesta época do ano.

Em Mato Grosso, Tocantins e Rondônia, apesar da chuva frequente, o acumulado não vai alcançar a média quinzenal. Estimam-se pouco mais de 50 milímetros no Pantanal e algo em torno dos 100 milímetros na maior parte de Mato Grosso.

Norte e Nordeste

Embora o acumulado não alcance a média, a manutenção das pancadas de chuva ajuda o desenvolvimento das áreas instaladas e a continuidade das áreas que ainda precisam receber semeadura.

Apesar da chuva abaixo da média em Tocantins e Rondônia, no Norte e Nordeste choverá mais que o normal para época do ano na Bahia, Piauí, Maranhão e Pará com acumulado entre 50 e 10 milímetros em 15 dias.

“Norte e Nordeste avançam rapidamente na instalação por conta da chuva forte e abrangente, enquanto o Mato Grosso instala a soja mais lentamente e vê a qualidade das lavouras diminuir em áreas instaladas primeiramente com variedades super precoces de soja”, afirma Oliveira.