ALERTA

Ciclone extratropical derruba temperaturas e traz risco de geada; veja a previsão da semana

No Rio Grande do Sul, a chuva segue caindo a qualquer hora sobre todas as regiões do estado

novo ciclone
Foto: Ilustração/NASA

Saiba como o clima vai se comportar de 5 a 9 de agosto em todas as regiões do Brasil:

Confira na palma da mão informações quentes sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no WhatsApp!

Sul

A semana começa com predomínio de sol nos estados do Paraná e de Santa Catarina, sem grandes mudanças no tempo. No Rio Grande do Sul, a chuva segue caindo a qualquer hora sobre todas as regiões do estado, com os maiores acumulados previstos para a região de Santa Maria.

Um ciclone extratropical deve se formar próximo ao Uruguai a partir de quarta-feira, trazendo mais instabilidade para a região sul. Após a passagem do sistema, o ar polar irá se manter na região entre sexta e terça-feira, deixando a temperatura mínima abaixo de 10 ºC em todos os estados, inclusive em áreas de baixada, com risco de geada em todas as áreas no final de semana.

Atenção para o acumulado de chuva no Rio Grande do Sul, que pode chegar a 150 mm no centro-sul do estado, podendo provocar alagamentos e deslizamentos.

Na porção norte do estado, Santa Catarina e Paraná, o acumulado da semana fica na casa de 30 mm, o que não deve prejudicar os trabalhos em campo.

Sudeste

A semana inicia-se com tempo firme e predomínio de sol em São Paulo, no Rio de Janeiro e em praticamente todo o estado de Minas Gerais. Nas capitais paulista e fluminense, o ar seco favorece a baixa umidade relativa do ar, com índices podendo atingir valores inferiores a 20% em algumas áreas. As temperaturas também entram em elevação.

A chuva acontece somente no litoral do Espírito Santo e no extremo nordeste de Minas Gerais, mas de forma mais passageira. A semana deve ser quente e seca em todos os estados, com a temperatura máxima na faixa leste de São Paulo podendo chegar a 30 ºC.

A partir de sexta-feira, a chuva retorna para o estado paulista, sul de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo devido ao avanço de uma frente fria, que deve trazer acumulados na casa de 20/40 mm para essas regiões, derrubando a temperatura no final de semana e fazendo com que a temperatura mínima também nessas áreas fique abaixo de 10 ºC, mas sem risco de geada.

O predomínio de tempo firme favorece a moagem da cana-de-açúcar e a colheita do café, mas prejudica lavouras de milho segunda safra em fase de enchimento de grãos. Há risco de focos de incêndio, principalmente em Minas Gerais e no interior de São Paulo, portanto o produtor deve ficar atento ao manejo com fogo.

Centro-Oeste

A semana começa com predomínio de sol entre poucas nuvens na região. As temperaturas entram em elevação, principalmente durante a tarde. A umidade relativa do ar também pode ficar abaixo dos 20%.

Não há previsão de chuva para nenhum estado, inclusive as capitais. A chuva deve retornar para o centro-sul do Mato Grosso do Sul a partir de quinta-feira, devido ao avanço de uma frente fria com acumulados na casa de 40 mm, o que ajuda a recuperar as pastagens e diminuir o risco de focos de incêndio.

A partir de sexta-feira, a temperatura despenca no centro-sul do Mato Grosso do Sul, com a temperatura mínima ficando abaixo de 10 ºC, com baixo risco de geada, mas que pode provocar estresse térmico no gado em confinamento. Esta condição deve se manter até segunda-feira.

Lavouras e pastagens seguem prejudicadas em Goiás e Mato Grosso pela falta de umidade, e o risco de focos de incêndio continua em todas as áreas. Como a umidade relativa do ar deve ficar abaixo dos 30%, não se recomenda o tratamento fitossanitário esta semana.

Caso alguma lavoura esteja sob pressão de pragas, o produtor deve recorrer a outros métodos, como uso de armadilhas e controle biológico.

Nordeste

Semana de tempo firme e seco no interior nordestino, com pancadas de chuva isolada na costa leste devido à infiltração marítima, assim como no litoral do Maranhão. O destaque fica para o litoral da Paraíba e de Pernambuco e também para o extremo sul da Bahia, incluindo Ilhéus. Nessas áreas, a chuva acontece com maior frequência, a qualquer hora do dia.

Nas demais áreas da região, o tempo firme predomina com sol entre poucas nuvens e sem previsão de chuva. Em cinco dias, o acumulado de chuva fica na casa de 10 mm no litoral do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Na faixa leste da Bahia, o volume varia entre 10/30 mm, o que ainda ajuda a manter a boa umidade do solo.

O tempo quente e seco favorece as operações em campo com a colheita do algodão, beneficiando a qualidade da pluma. Nas áreas de interior, segue a restrição hídrica e o risco potencial para focos de incêndio. Como a umidade relativa do ar deve ficar abaixo dos 30%, não se recomenda o tratamento fitossanitário esta semana.

Caso alguma lavoura esteja sob pressão de pragas, o produtor deve recorrer a outros métodos, como uso de armadilhas e controle biológico.

Norte

A semana começa com pancadas de chuva com trovoadas, alternadas com períodos de aberturas de sol, que se espalham pelo centro-oeste, norte e sudoeste do Amazonas, oeste de Rondônia, assim como no noroeste e litoral do Pará, em Roraima e no Amapá.

Nas demais áreas da região, o dia será de sol e poucas nuvens, sem previsão de chuva. Nos próximos cinco dias, a chuva se concentra no extremo norte do Pará, Amapá, Roraima, faixa oeste do Amazonas e Acre, com volumes entre 50 mm, mantendo a boa umidade do solo nessas áreas.

Em Cacoal, Rondônia, as máximas esta semana ultrapassam os 38 ºC, causando estresse térmico nas lavouras e no gado em confinamento. Ainda não há previsão do retorno da chuva em Rondônia, Tocantins e centro-sul do Pará.

Como a umidade relativa do ar deve ficar abaixo dos 30% no centro-norte da região, não se recomenda o tratamento fitossanitário esta semana.

Caso alguma lavoura esteja sob pressão de pragas, o produtor deve recorrer a outros métodos, como uso de armadilhas e controle biológico.