O ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul na segunda-feira (4) provocou um rastro de destruição e mortes. Nesta terça-feira (5), o governador Eduardo Leite (PSDB) confirmou que o número de vítimas subiu de 6 para 22.
Além disso, o ciclone também provocou a morte de uma pessoa em Jupiá, Santa Catarina.
Segundo o governador, foram identificadas 15 vítimas em Muçum, uma cidade localizada no Vale do Taquari, região central do estado. A cidade, que tem 4.961 habitantes, encontra-se em uma situação crítica. O nível do rio que corta o município subiu 22 metros.
As circunstâncias das tragédias ocorridas em Muçum ainda não foram divulgadas pela Defesa Civil. A cidade está isolada devido ao desabamento de uma ponte que a conectava a Roca Sales, outro município seriamente afetado pela tempestade.
Uma equipe do governo federal está prevista para ser enviada ao estado nesta quarta-feira (6).
As cidades do Vale do Taquari, incluindo Roca Sales e Muçum estão completamente submersas. Moradores tiveram que buscar refúgio nos telhados para escapar da inundação.
A Defesa Civil do estado estima que aproximadamente 350 pessoas foram desalojadas pelo ciclone.
Até a noite de segunda-feira (4), as cidades com maiores volumes acumulados de chuva nas últimas 72 horas eram Passo Fundo (291,6 mm), Água Santa (221,6 mm), Ijuí (217,6 mm), Entre-Ijuís (207,4 mm) e Vacaria (202,2 mm).
A situação também afetou o fornecimento de energia elétrica, com aproximadamente 15 mil ocorrências de falta de luz registradas pela CEEE Equatorial, uma das concessionárias de energia do Rio Grande do Sul.
Além disso, a Polícia Rodoviária Federal e o Comando Rodoviário da Brigada Militar relataram 22 pontos de bloqueio total ou parcial nas rodovias gaúchas.