O fenômeno El Niño, que provoca o aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, deve continuar influenciando o tempo em Santa Catarina até março.
- Confira na palma da mão informações quentes sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no WhatsApp!
De acordo com o monitoramento da Secretaria de Proteção e Defesa Civil do estado, as chuvas devem ficar dentro ou até abaixo da média a depender da região do estado, enquanto as temperaturas devem ficar acima da média para todo o trimestre.
“A partir de março, abril a gente começa a entrar já na estação do outono. É esperado que algumas frentes frias, algumas massas de ar frio comecem a ingressar e a influenciar o tempo aqui no nosso estado. A partir desse período já é normal que tenhamos uma diminuição das temperaturas com relação aos meses anteriores e partindo pro outono e pro inverno com as massas de ar ficando inclusive mais frequentes”, explica o meteorologista-chefe da Secretaria, Felipe Theodorovitz.
O El Niño e a La Niña são fenômenos de escala global que trazem algum tipo de impacto para todas as regiões do globo terrestre. Isso mexe com padrões de temperatura e de chuvas.
O El Niño age tornando as águas do Oceano Pacífico Equatorial mais aquecidas e também altera o padrão de circulação dos ventos na atmosfera.
Já na La Niña ocorre justamente o contrário: as águas do Oceano Pacífico Equatorial ficam mais frias. E esse resfriamento também altera o padrão de circulação do dos ventos na atmosfera.
Nos últimos anos foi justamente isso que aconteceu. O La Niña causou estiagem prolongada no grande Oeste Catarinense entre 2019 e 2023.
“E já ao longo do ano de 2023 nós passamos por um período de transição em que as águas do Oceano Pacifico Equatorial voltaram ao periodo de neutralidade, voltaram ao normal. E a partir do mês de junho, julho, os oceanos voltaram a ficar mais aquecidos e a influência aqui pra região Sul do Brasil e Santa Catarina começou a ser sentida já no segundo semestre de 2023. Não por acaso, no mês de outubro e novembro nós tivemos grandes volumes de chuva sendo observados durante um período prolongado de quase dois meses de chuvas, bastante volumosas e frequentes no nosso estado”, finalizou o meteorologista.