O potencial para granizo sobre a região Sul e sul de Mato Grosso do Sul aumenta nas próximas 24 horas. Mas nada se compara com o evento de chuva previsto a partir da próxima sexta-feira (13) de maio. Além de acumulados mais elevados, há previsão de chuva frequente sobre o Brasil até pelo menos o início do dia 20 deste mês. Ainda assim, o acumulado de chuva não será bem distribuído. Até o domingo (15), aparecem acumulados pouco acima dos 50 milímetros na divisa de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, e de pelo menos 20 milímetros no oeste de Santa Catarina.
No período seguinte, entre 16 e 22 de maio, a chuva será mais intensa apenas ao longo da costa do Sudeste e em partes do Nordeste e Norte. A área de milho que mais precisa de chuva receberá menos de 10 milímetros. Além de tudo, há previsão de frio intenso no início da segunda quinzena de maio. “Por enquanto, as simulações estão ‘ensaiando’ uma data e a intensidade do frio, ou seja, ainda não é possível cravar quando e a quanto cairá a temperatura. Mas a chance de queda mais acentuada de temperatura em 2022 é alta”, diz Celso Oliveira, meteorologista da Climatempo.
Ainda assim, boa parte do Paraná e Serra da Mantiqueira terão mínimas abaixo dos 6°C. Por enquanto, a temperatura mínima prevista por volta do dia 20 de maio alcança 3°C em Cascavel (PR), 2°C em Francisco Beltrão (PR), Ponta Grossa e Pato Branco (PR) e 0°C em Guarapuava-PR. Demais áreas produtoras do Paraná e do centro e sul do Brasil não terão um frio tão rigoroso, com temperatura mínima acima dos 6°C.
Frio não preocupou, mas chuva foi elevada no Sul
A passagem de um ciclone extratropical pela região Sul trouxe chuva superior aos 400 milímetros em apenas quatro dias para municípios de Santa Catarina como São Martinho (SC), durante a semana passada. De acordo com a Defesa Civil do estado, 40% dos municípios foram atingidos pelo ciclone e 27 cidades decretaram situação de emergência. A região é produtora de batata, arroz, maçã e pêssego, além de leite.
Por outro lado, há quase dois meses vem chovendo menos que o normal sobre boa parte do Sudeste, Centro-Oeste, Matopiba e Rondônia. O Imea soltou uma atualização da projeção de milho para o Mato Grosso e o padrão deve ser semelhante na maior parte do Brasil: as perdas aumentam com a estiagem, mas a produção deste ano será maior que a do ano passado por conta da instalação mais precoce.