A primeira semana de julho começa com extremos climáticos no Brasil. Em algumas regiões, os termômetros ficam próximos do negativo, com probabilidade de geada, enquanto em outras o calorão de 35ºC não dá trégua.
Acompanhe a previsão do tempo do meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller, entre os dias 1 e 5.
Sul
Segunda-feira com sol e tempo firme no Sul do país. Contudo, as temperaturas permanecem baixas e há, inclusive, previsão de geada generalizada nos três estados, já que os termômetros devem registrar temperaturas próximas de 0ºC em áreas de baixada do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná. Não chove em nenhuma área.
Durante a terça-feira, o risco de geada continua nos três estados com a temperatura voltando a subir gradativamente a partir de quarta-feira (3). Tendência da chuva voltar a partir de quinta-feira com a formação de um ciclone extratropical próximo a SC e PR, mas que deve se afastar rapidamente para o oceano sem trazer chuva em grande volume.
Na retaguarda deste ciclone, uma nova frente fria avançará sobre o RS trazendo chuva e temporais com risco de tempo severo entre sexta e sábado. O acumulado de chuva em cinco dias fica entre 5 mm e 10 mm em SC e PR, enquanto que no território gaúcho o volume varia entre 20 e 50 mm, porém, para o noroeste e sudeste do RS, não há previsão de precipitações.
No geral, a geada tem potencial para prejudicar as lavouras de milho segunda-safra na porção centro sul do estado paranaense e oeste catarinense. O período mais seco favorece os trabalhos em campo e ajuda a diminuir o excesso de umidade no RS.
Sudeste
A semana se inicia com tempo encoberto nas áreas centrais, sudoeste de São Paulo e litoral norte paulista, além da Serra da Mantiqueira, região de Além Paraíba, Costa Verde, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense, bem como no litoral sul do Espírito Santo.
Nas demais áreas de SP, RJ e ES, muitas nuvens e chance de chuva a qualquer hora do dia. No norte capixaba e sudeste paulista, as condições são de chuviscos. No restante das áreas de Minas Gerais, o tempo segue firme, apesar da nebulosidade presente em Belo Horizonte. A temperatura volta a subir gradativamente na quarta-feira.
Já na sexta-feira o tempo fica mais instável devido à formação de um ciclone extratropical que passará na costa sudeste, o que deixa o mar agitado com ondas de mais de 3,5 m afetando as operações nos portos. O sistema será responsável por trazer rajadas de vento acima de 60km/h na faixa leste, o que pode prejudicar as operações em campo com a colheita do café. Espera-se chuva passageira por SP, RJ, ES e sudeste de MG, sem previsão de geada.
Em cinco dias, o acumulado de chuva fica na casa de 20 mm no ES, RJ e leste de MG. Em SP, chove de forma mal distribuída, podendo variar entre 10 e 45 mm, o que ajuda lavouras de milho e trigo que se encontram em fase de enchimento de grãos.
Centro-Oeste
Segunda-feira com tempo firme no Distrito Federal e em Goiás. A maior parte de Mato Grosso também terá predomínio de sol, sem chance de chuva. A exceção fica para o extremo sudoeste mato-grossense, onde há previsão de chuva no decorrer do dia, alternando entre períodos de melhoria.
Em Mato Grosso do Sul, a chuva fica concentrada nas áreas centrais e ocorre de forma intermitente. No restante do estado, mesmo com alguma variação de nuvens, não chove ao longo do dia.
No decorrer da semana a temperatura volta a subir gradativamente e o tempo seco predomina em MT e GO, potencializando ainda o risco para focos de incêndio, mas na sexta-feira espera-se chuva mal distribuída no centro-sul de MS com volumes de até 25 mm, o que pode a elevar a umidade relativa do ar, ajudando na recuperação das pastagens e desenvolvimento das lavouras de milho 2ª safra.
Nordeste
A semana começa com o tempo firme que prevalece no interior do Nordeste e também no estado do Piauí e Maranhão. Nas demais áreas litorâneas, há previsão de a chuva, com os maiores acumulados para o leste de Alagoas até o litoral do Rio Grande do Norte, assim como no extremo sul da Bahia.
No noroeste do Maranhão, chove a partir da tarde em forma de pancadas isoladas. Na faixa leste, no litoral do RN, Pará, Pernambuco, AL, Sergipe e BA, o volume é de, aproximadamente, 50 mm durante a semana, o que ajudar na reposição hídrica do solo.
Nas demais áreas do interior o solo já se encontra mais ressecado devido às altas temperaturas, que devem continuar em torno de 35ºC nos próximos dias, prejudicando as lavouras de milho 2ª safra. No entanto, a colheita do algodão segue normalmente.
Norte
Segunda-feira com temperaturas entrando em declínio no Acre, sul do Amazonas e Rondônia. O sol predomina e não há previsão de chuva nestas áreas. O tempo permanece firme no centro-sul e leste do Tocantins. Nas demais áreas da Região, a chuva ainda acontece, em forma de pancadas ao fim do dia no Pará, no Amapá e no centro e leste do AM.
Em Roraima e no noroeste do AM, há previsão de temporais com forte intensidade. Nos próximos cinco dias a chuva se concentra na faixa norte do AM, RR, norte do PA e AP. Nestas áreas, o volume gira em torno dos 50 mm, contribuindo para a umidade do solo sem prejudicar as operações em campo.
No Tocantins, o calor combinado com a ausência de chuva mais volumosa deixa o milho 2ª safra sob estresse térmico e hídrico porque a temperatura máxima no decorrer da semana será de cerca de 35º C, potencializando também o risco para focos de incêndio.