Em 2022, atipicamente geou nos 12 meses do ano nos pontos mais altos do Sul do Brasil. Por causa do fenômeno La Niña, que entrou no seu terceiro ano consecutivo, a atmosfera ficou mais fria do que o normal. Assim, mesmo nos meses da primavera, e agora o verão, as geadas têm ocorrido entre as serras gaúcha e catarinense.
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O ano contabiliza, até agora, a ocorrência de 143 geadas no país. O jornalista Mycchel Legnaghi, do site São Joaquim Online, registrou a última geada — até o momento — de 2022, na região conhecida como “Vale dos Caminhos da Neve” (início do vídeo acima).
Enquanto as serras do Rio Grande do Sul registraram geadas ao longo do ano, o mesmo período foi de impactos da estiagens em outros pontos do sul da América do Sul. Na Argentina, por exemplo, mais de 300 mil toneladas de trigo foram perdidas devido à seca desde o mês passado.
Dessa forma, com volume estimado em 11,5 milhões de toneladas, a safra de trigo na Argentina será exatamente 50% menor do que há um ano. De acordo com analistas, esse é o rendimento mais baixo dos últimos 12 anos.
Sul do Brasil: geada x estiagem
Com geadas na serra, o sul e o oeste do Rio Grande do Sul têm enfrentado problema similar ao da Argentina: estiagem. Por causa disso, 20 municípios gaúchos estão em situação de emergência. Condição essa que não deve melhorar tão cedo, conforme apontou a meteorologista Maria Clara Sassaki, da Climatempo, ao participar da edição desta quinta-feira (29) do telejornal ‘Mercado & Companhia’.
Maria Clara avisou: vai chover pouco no Rio Grande do Sul ao decorrer dos últimos dias de 2022 e primeiros dias de 2023. E o tempo firme vai predominar no estado nesse período. Ela informou que a capital Porto Alegre deve registrar temperatura máxima de 35ºC.
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