O Instituto Internacional de Pesquisa para o Clima da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, atualizou nesta quinta-feira, 12, a projeção de ocorrência do La Niña, e o risco de formação do fenômeno aumentou.
De acordo com a entidade, a chance é de 41% no último trimestre (outubro, novembro e dezembro), alta de seis pontos percentuais em relação à estimativa anterior. “O fenômeno ainda briga com a neutralidade climática. Mas, de qualquer forma, o oceano ficará mais frio nos próximos meses. Mesmo que não venha a se formar La Niña, vamos sentir os efeitos”, conta a meteorologista Desirée Brandt, da Somar.
Com isso, as temperaturas de inverno podem se prolongar por mais tempo e a chuva da primavera pode ser comprometida. “A precipitação para a safra 2020/2021 pode atrasar”, alerta Desirée.
- Previsão do tempo indica mudança no padrão de chuva
- Norte de MT: já choveu o esperado para março e previsão é de mais 350 mm
Boa notícia
O padrão de chuva no Brasil está começando a mudar. A região Norte deve ver os volumes diminuírem enquanto as precipitações retornam ao Sul. “Já veremos isso no próximo domingo, com a chegada de uma frente fria e a formação de corredor de umidade, que deve alimentar esse sistema. Veremos uma chuva cada vez mais expressiva”, comenta.
De 18 a 23 de março, o Rio Grande do Sul deve receber de 30 a 40 milímetros. “Ainda que gradualmente, temos a volta da umidade ao estado”, afirma.