É muito importante o produtor rural do Matopiba, região que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia estar consciente de que chuva abaixo da média não significa ausência de chuva. A média climatológica para algumas cidades da região é de 200 a 250 milímetros de chuva em dezembro e podemos ter até 80 milímetros abaixo da média.
Mesmo assim podemos dizer que vai chover e vai dar para plantar. Esta condição já chegou na região de Carolina, que fica no interior do Maranhão, onde choveu de 40 a 80 milímetros. As previsões estendidas indicam 150 milímetros daqui para frente, o que vai garantir o desenvolvimento inicial de diversas áreas de grãos. “A situação não é a ideal, mas aos poucos a umidade do solo vai aumentar”, diz Desirée Brandt, da Somar Meteorologia.
Nesta sexta-feira, 6, a ação de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis provoca chuvas em forma de pancadas, mas mal distribuídas, entre Maranhão, sul do Piauí e oeste da Bahia, mas de forma isolada com trovoadas. Há previsão de trovoadas em áreas mais próximas ao Tocantins. Outras áreas do Nordeste como o sertão, agreste e litoral desde o Ceará até a Bahia, têm um dia de sol e temperaturas em elevação durante a tarde.
No sábado, 7, o deslocamento de áreas de instabilidade ajudam a organizar pancadas de chuva sobre parte do Nordeste. As áreas atingidas são Maranhão, Piauí, oeste e sul da Bahia e leste nordestino entre Rio Grande do Norte até Alagoas. Por outro lado, o tempo continua firme, quente e ensolarado no sertão.
No domingo, 8, as áreas de chuva se espalham pelo Nordeste e apenas uma pequena área entre o centro da Bahia e Recôncavo, Sergipe e Alagoas é que fica com tempo firme. Outras áreas da região ainda ficam com um dia quente, mas com pancadas de chuva. Temporais são esperados na divisa com o Tocantins.
No início da próxima semana, a chegada de uma nova frente fria ao litoral sul da Bahia reforça as chuvas no sul do estado. O tempo fica nublado e com chuva a qualquer hora entre Ilhéus e Porto Seguro. No oeste da Bahia, sul do Piauí e Maranhão também tem condição para pancadas de chuva.
Essas instabilidades no interior do Nordeste ocorrem principalmente por causa do padrão dos ventos no alto da atmosfera, um fenômeno conhecido como VCAN (Vórtice Ciclônico de Altos Níveis), que corresponde aos ventos a mais de 8 km de altitude, girando no sentido horário e favorecendo a formação de nuvens carregadas. Nas demais áreas da região, o tempo fica firme.
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