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Tempo

Onda de frio derruba temperatura em grande parte do país e pode até cair neve

Devido à baixa temperatura, a meteorologia prevê risco de geada para áreas produtoras de milho e feijão no Paraná

Uma intensa onda de frio vai provocar queda acentuada de temperatura sobre mais da metade do país na próxima semana. Além de geada em grandes áreas de vários estados, inclusive em parte do Sudeste e do Centro-Oeste, até há possibilidade de neve em alguns pontos da região Sul. De acordo com os meteorologistas da Climatempo, os riscos são maiores para as lavouras de milho e feijão do Paraná, além do café em Minas Gerais. Até mesmo áreas de milho de Itapeva, no sul de São Paulo, podem enfrentar geadas já que a mínima prevista para a próxima quarta-feira, (18), é de apenas 0°C. Na quinta-feira (19), o risco se repete com temperaturas de 4°C na cidade.

Segundo a previsão do tempo, vários recordes de frio serão registrados neste período. Até mesmo em áreas do sul de Goiás, como é o caso de Rio Verde, a temperatura será muito baixa e pode ficar em torno dos 5°C. “Cinco graus não dá geada, mas como é um valor muito próximo de 3°C, não podemos descartar o risco do fenômeno isolado até mesmo em pontos do Centro-Oeste do Brasil, o que é bem mais incomum”, explica Desirée Brandt, da Climatempo.

Antes do frio, durante este fim de semana, o avanço de uma frente fria sobre o Sul do país, associada a um ciclone extratropical, provoca uma mudança no tempo em boa parte das regiões centro e sul do Brasil, trazendo chuva para Mato Grosso do Sul, sul de Goiás e até para algumas regiões de Mato Grosso. Na sequência chega a massa de ar de origem polar que já pode provocar geada na terça-feira, dia 17, em parte do oeste do Paraná, onde as temperaturas mínimas previstas giram em torno dos 3°C.

Por conta do frio, não se descarta a possibilidade de danos para outras lavouras como é o caso de hortifrúti, cana-de-açúcar e pastagens. “É um frio intenso e duradouro, não podemos esquecer que estamos sob as condições de um inverno com La Niña”, diz Desirée. Na última atualização do Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos feita nesta quinta, 12, o NOAA, a previsão é de que, embora o fenômeno não se intensifique no inverno, ele vai ditar o comportamento climático pelo menos até o início de 2023. Esta condição vai trazer impactos não só para as culturas de inverno, mas para a instalação da safra de verão que pode ter atrasos no regime de chuvas.

 

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