A onda de frio histórica para esta época do ano no Brasil começa a enfraquecer. As temperaturas mínimas, por exemplo, batem recorde de décadas em algumas cidades do país. Em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, a mínima registrada neste início do mês foi de 9,8 graus Celsius. Foi o menor valor de novembro desde 1965.
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Santa Maria, no Rio Grande do Sul, registrou mínima de 6,2°C. Temperatura mais baixa que essa só em novembro de 1970. Esse frio intenso fez com que muitos produtores de frutas acendessem fogueiras para não deixar os frutos congelarem, além de trazer impactos para diversas outras lavouras.
O frio intenso chegou até mesmo na região Norte. Em Rio Branco, capital do Acre, a temperatura mínima no início deste mês foi de 14,1°C, pela estação convencional do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), e de 13,6°C na medição automática. Para um dia de novembro, a marca de 14,1°C foi a menor mínima desde 1999, quando fez 13,6°C em 10 de novembro de 1999.
Frio, geada e frente fria
A partir de agora, as condições de geada ficam cada vez mais pontuais e isoladas nas áreas mais altas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Pelo menos até a próxima segunda-feira (7), a condição é de tempo seco em grande parte do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e até mesmo em áreas de Rondônia, do Acre e do Amazonas. As chuvas fortes de até 130 milímetros vão ficar concentradas entre a Bahia, o sul do Piauí, o sul do Maranhão e o norte do Tocantins.
Essa situação só muda entre os dias 8 e 12 de novembro, quando uma nova frente fria vai avançar pelo Sudeste e levar chuva de 50 a 70 milímetros para Minas Gerais, região mogiana (SP), Rio de Janeiro, cerrado de Goiás e Brasília. De 13 a 17 de novembro, volta a chover forte no Sul. Há risco para temporais entre o norte do Rio Grande do Sul e Santa Catarina — com volumes que podem passar dos 70 milímetros.
Previsão para regiões produtoras
A umidade do solo está elevada em diversos pontos das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, principalmente em áreas de Mato Grosso do Sul e no norte de Mato Grosso, além do Tocantins. Nesses locais, a umidade do solo varia de 80 a 90%. Com o tempo mais firme, a colheita do trigo avançou no Paraná. No entanto, o excesso de umidade das semanas anteriores prejudicou a qualidade do cereal produzido no estado.
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