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FRIAGEM ATÉ NO ACRE

Onda de frio vai fazer temperatura tombar do Sul ao Norte; veja quando

Boa parte do país vai enfrentar temperaturas abaixo de 10 °C, com termômetros podendo zerar no Sul e marcando mínimas de até 5 °C no Sudeste e Centro-Oeste

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Foto: Agência Brasil

A formação de um ciclone está prestes a romper o bloqueio atmosférico que vem afetando o Brasil central, trazendo uma nova onda de frio que deve durar até meados do mês. Segundo o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller, boa parte do país vai enfrentar temperaturas abaixo de 10 °C.

A queda de temperatura começará a ser sentida a partir desta quinta-feira (8), se estendendo até o dia 15 ou 16. A anomalia de temperatura, com valores abaixo da média, atingirá o Sul, o Sudeste e parte do Centro-Oeste, causando friagem até no Acre e em Rondônia, no Norte.

A previsão para os próximos cinco dias indica a chegada de chuvas a São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro, ajudando a aliviar o calor. No entanto, o Brasil central ainda continuará com tempo firme.

O meteorologista destaca que, além da formação do ciclone, outro fator contribui para a manutenção do ar frio: anomalias positivas de temperatura na Antártida, que enfraquecem o vórtice polar e permitem que o frio chegue ao Brasil.

Baixas temperaturas

Com isso, há risco de geada principalmente no Sul, com temperaturas em Bagé (RS), por exemplo, chegando a 2 ºC a partir de sexta-feira (9). Há chances de as áreas mais altas do estado zerarem a temperatura no período.

Na região Sudeste, as temperaturas podem cair para menos de 5 °C no fim de semana. A mínima em Itapeva (SP), por exemplo, deve sair de 13 ºC na sexta-feira (9) para 4 ºC no sábado (10).

No Centro-Oeste, o frio deve demorar um pouco mais para chegar, mas no domingo (11) o sul de Mato Grosso do Sul também poderá registrar geadas, com mínimas de 5 ºC. No Norte, a friagem afetará estados como Acre e Rondônia, no fim desta semana e no início da próxima, os termômetros poderão registrar até 15 ºC.

O alerta é especialmente para os pecuaristas, que devem proteger seus animais das baixas temperaturas, sobretudo no Pantanal, onde o frio intenso pode levar à morte do gado. Müller ressalta que a oscilação brusca de temperatura, saindo de 30 ºC e caindo para 4 ºC ou 5 ºC, é particularmente desafiadora.

No curto prazo, o Brasil Central seguirá com tempo firme, mas o ciclone formará uma frente fria que trará chuvas ao Paraná e ao sul de Mato Grosso do Sul. A chuva será bem-vinda para aumentar a umidade relativa do ar e aliviar a seca, especialmente em São Paulo e no sul de Minas Gerais. O Nordeste verá chuvas mal distribuídas, principalmente no Maranhão, enquanto o Centro-Norte da região Norte continuará seco.

Na próxima semana, entre 13 e 17 de agosto, a frente fria trará frio e chuvas mal distribuídas ao Centro-Oeste e ao interior do Sudeste, com precipitações de até 5 mm, o que pode ajudar a diminuir o risco de incêndios.

O período entre 18 e 22 de agosto prevê um tempo mais seco no Norte e Nordeste, com exceção de Alagoas e Sergipe, que poderão receber até 100 mm de chuva no litoral.

No Rio Grande do Sul, volumes de chuva superiores a 80 mm em cinco dias podem prejudicar os trabalhos no campo. Essa chuva também deverá avançar para São Paulo e Paraná.

Com a formação de outro ciclone neste fim de semana, chuvas mal distribuídas chegam a Mato Grosso, Goiás e ao norte de Minas Gerais. Embora não sejam suficientes para repor completamente a umidade do solo, essas chuvas ajudarão a elevar a umidade relativa do ar e a reduzir o risco de incêndios.

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