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Países precisam cortar emissões para conter mudanças climáticas, diz pesquisador da USP

O superintendente de gestão ambiental da Universidade de São Paulo, Tércio Ambrizzi, afirmou que o mundo precisa reduzir emissões se quiser evitar mudanças climáticas mais drásticas no futuro

O relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU, publicado no início da semana, revelou que as mudanças climáticas estão acelerando mais rapidamente do que era esperado.

Espera-se que por volta de 2030 a temperatura média do planeta seja 1,5 ºC ou 1,6 ºC mais quente que a dos níveis da era pré-industrial nos cinco cenários relativos às emissões de gases de efeito estufa – que evoluem do mais otimista ao mais pessimista. Isto ocorreria uma década antes do que o IPCC previu há apenas três anos.

O superintendente de gestão ambiental da Universidade de São Paulo (USP), Tércio Ambrizzi, afirmou que o mundo precisa reduzir emissões se quiser evitar mudanças climáticas mais drásticas. “Os cortes precisam acontecer em todas as áreas. Hoje nós temos tecnologia para isso, mas infelizmente nem todos colaboram. (…) Precisamos de um acordo global, os países precisam cumprir com as reduções que foram acordadas há seis anos, em Paris. Não adianta um cumprir e outro não fazer a sua parte”, diz.

Segundo Ambrizzi, se a sociedade não se envolver de maneira significativa, a agricultura será atingida em cheio, com períodos extremos de seca e chuvas abaixo da média. “Nós já temos visto isso na agricultura brasileira”, afirma.