O mês de março começa estiagem no Sul e excesso de chuva no Centro-Oeste do Brasil. De acordo com a Somar Meteorologia, há previsão é de tempo seco e chuva abaixo da média no estado do Rio Grande do Sul. Não era registrado uma seca tão severa no estado desde 2004 e há relatos de quebra de safras no estado gaúcho.
Os produtores de soja do Rio Grande do Sul, começaram a colheira do grão no estado e já relatam perdas de produtividade causadas pelo tempo seco e quente. Em vídeo recebidos pelo WhatsApp do Canal Rural, é possível ver a situação crítica nas lavouras do estado. Em Jacuizinho, município do Rio Grande do Sul, produtores já relatam perdas nas lavouras, com previsão de colheita de apenas 15 sacas por hectares.
Entre Santa Catarina, Paraná e norte do Rio Grande do Sul são mais de 10 dias sem chuvas agrícolas, grande parte do estado do Rio Grande do Sul registra mais de 30 dias sem chuvas agrícolas com algumas cidades chegando há 50 dias sem chuvas com mais de 10 milímetros. A umidade no centro-oeste do Paraná fica por volta de 40%, em Santa Catarina o nível fica em 70% e no Rio Grande do Sul a situação é preocupante, com níveis de 15% no solo entre centro e sul do estado e com 0% entre centro e sul, de acordo com a Somar.
Durante o mês de março, essa estiagem irá se estender, com 10 dias sem chuva no início do mês em praticamente todo o estado, chovendo apenas em meados de março como relata Desirée Brandt.
Em Minas do Leão (RS), a estiagem continua e há relatos de colheita de apenas 12 sacas por hectare..No mês de fevereiro foram registrados apenas 7 dias de chuva com um total de 38 milímetros, choveu 70% abaixo da média histórica do mês. No mês de março são previstos 149 milímetros com 9 dias de chuva, o problema fica na distribuição dessa chuva, não chove na cidade até meados de março, a chuva chega entre os dias 17 e 18, mas com níveis baixos e logo deixa a região, a chuva volta apenas no dia 20, um pouco mais volumosa e persistente.
O Centro-Oeste que já sofre com o excesso de chuva na região continuará com problemas, pois há altos níveis previstos para os próximos dias, segundo a meteorologista Desirée Brandt. “O que provoca essa chuva no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste é um corredor de umidade que se estende da costa do Sudeste até a região Norte, além disso, há uma área de baixa pressão no Sudeste que está fortalecendo a chuva nessas regiões assim como um vórtice ciclônico de altos níveis (VTAN) na costa do Nordeste aumenta a quantidade de chuvas nos próximos dias”.
No Rio de Janeiro, Norte de Mato Grosso, sul do Pará e em áreas do Matopiba há previsão de mais 300 milímetros para os próximos 10 dias. Essa chuva atrapalha os trabalhos de campo nas regiões com exceção para as áreas Matopiba, onde essa precipitação é bem vinda.
Entre os dias 3 e 7 de março, são previstos mais de 150 milímetros no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Em São José do Xingu (MT), por exemplo, os volumes são altos com previsão de 460 milímetros de chuva para todos os dias do mês de março, e a chuva mais volumosa será na primeira semana do mês.