A previsão do tempo para maio vem com novidades: uma frente fria será capaz de levar chuva abrangente ao Centro-Sul do Brasil já na semana que vem, estancando perdas de produtividade e ajudando a desenvolver melhor a segunda safra de milho, dependendo da fase de cada lavoura.
No sudoeste do Paraná, a estimativa é de que o volume possa chegar a até 60 milímetros entre terça, 5, e quarta, 6. Para o trigo e as pastagens de inverno, as atividades de plantio devem ser retomadas. O acumulado fica na casa dos 45 milímetros no noroeste, centro e norte do Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina neste período.
Depois da chuva teremos um declínio acentuado da temperatura na sexta-feira, 8. Em Cascavel, oeste do Paraná, a mínima prevista é de apenas 4 ºC e em Dourados, sul de Mato Grosso do Sul, 6 ºC. “Há risco sim de geada em áreas de baixada de milho no Paraná, e esta situação necessita de acompanhamento a partir do início da semana que vem”, afirma Celso Oliveira, meteorologista da Somar.
Histórico
Há 60 dias não chove de forma frequente e abrangente em áreas do Sul do Brasil, sendo que o Rio Grande do Sul sofre com falta de chuva desde novembro do ano passado. Há 30 dias, a quantidade de áreas produtivas com condições de estresse hídrico chegava a 250 mil quilômetros quadrados, sendo o território gaúcho o mais impactado, de acordo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemadem).
Atualmente, a instalação de trigo e de pastagens de inverno está paralisada no Sul. A quebra do milho segunda safra somente aumenta. No Paraná, a Aprosoja estima uma queda na produção de 30% em relação ao mesmo período do ano passado.
Além de todos estes problemas com as lavouras, há degradação das pastagens e aparecimento de incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul e do Paraguai (Chaco), por conta da longa estiagem durante o verão. Os níveis de umidade do solo estão abaixo dos 30% em boa parte do Rio Grande do Sul e em torno dos 50% no norte do estado e boa parte de Santa Catarina.