METEOROLOGIA

Previsão do tempo: o que esperar para os próximos dias nas áreas que enfrentam seca

Enquanto isso, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná devem receber precipitações expressivas nos próximos dias

A previsão do tempo para as próximas semanas não traz boas notícias para as regiões que enfrentam seca severa no Brasil. Segundo a jornalista Luíza Cardoso, o baixo índice de chuvas deve continuar, especialmente no sul do Amazonas e em áreas do Centro-Oeste, o que pode agravar ainda mais a situação já crítica desses locais.

Seca e o Rio Madeira

O Rio Madeira, um dos maiores rios do mundo em extensão, tem registrado quedas significativas em seu nível de água. Em Humaitá, no Amazonas, o rio atingiu 9,92 metros nesta semana, muito abaixo dos 20 metros registrados em abril. A previsão de chuvas para os próximos 30 dias é de apenas 10 mm, insuficiente para reverter a situação.

Historicamente, o nível do rio começa a baixar em setembro ou outubro, por isso a redução antecipada para agosto causa muita preocupação.

Chuvas escassas no Centro-Oeste e Matopiba

No Centro-Oeste e no Matopiba (áreas de Cerrado no Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), as chuvas também continuam escassas, contribuindo para a manutenção das condições secas. O mesmo cenário é previsto para áreas do interior de Minas Gerais.

Esse padrão climático, aliado ao solo seco e às altas temperaturas, eleva o risco de incêndios, como alertado pela Defesa Civil de São Paulo. Regiões como Presidente Prudente, no norte paulista, e a Serra do Cipó, em Minas Gerais, já enfrentam incêndios que se alastram rapidamente.

Chuvas no Sul

Por outro lado, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná devem receber chuvas expressivas nos próximos dias, com acumulados de até 50 mm em algumas áreas. Embora isso possa aliviar a seca na região, há o risco de prejudicar o manejo das lavouras, especialmente para os produtores que ainda estão em fase de colheita.

A partir do fim de semana, a queda nas temperaturas pode levar geadas pontuais ao sul do Rio Grande do Sul, mas sem grandes impactos para a agricultura.