Maio vai terminando com a onda de frio mais intensa deste ano e isto faz muitas pessoas pensarem que o mês de junho será ainda mais frio. Aí está o equívoco. Embora exista sim a entrada de uma nova massa de ar polar depois de uma frente fria logo nos primeiros dias de junho, em média, não teremos um junho mais frio do que o normal.
As temperaturas vão ficar acima da média no desde o centro do Rio Grande do Sul até a faixa norte do Brasil, passando por São Paulo e Triângulo Mineiro.
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A atuação de bloqueios atmosféricos vai manter tanto as frentes frias quanto as massas de ar de origem polar mais concentradas no Rio Grande do Sul. Isto significa que a chuva pode ficar acima da média para os produtores deste estado, beneficiando o trigo e outras lavouras de inverno depois de meses seguidos de irregularidade nos volumes de chuva.
Para os demais estados do Sul, a expectativa é de volumes dentro do esperado ou até ligeiramente abaixo em algumas áreas. “As frentes frias vão ficar bloqueadas no extremo sul do Brasil”, explica Desirée Brandt, meteorologista da Somar.
No último dia do mês de maio, próximo domingo, a expectativa é de mudanças no tempo. Duas áreas de baixa pressão atmosférica dão origem a uma nova frente fria, porém, a chuva só se espalha de forma pontual pela região a partir da tarde do dia 31.
Até o final do dia, a chuva consegue atingir todo o Rio Grande do Sul, o sul e oeste de Santa Catarina e o sudoeste do Paraná, mas de modo geral, não são esperados acumulados expressivos como os mais de 100 milímetros que tivemos entre os dias 22 e 23 de maio em algumas cidades do Sul. Embora a chuva não seja tão volumosa, as rajadas podem chegar a /h entre o litoral do Rio Grande do Sul e o litoral sul de Santa Catarina, além do mar ficar bastante agitado.
Enquanto isso, entre o norte de Santa Catarina e a maior parte do Paraná, o tempo firme ainda predomina sob efeito de uma massa de ar seco. A temperatura continua subindo com os ventos soprando do quadrante Norte.
Na segunda-feira, 1º, a frente fria já vai embora em direção ao oceano, desviada pelo bloqueio atmosférico. No entanto, por conta de instabilidades no interior do continente, a chuva volta a ocorrer nos três estados do Sul. Pancadas rápidas e intercaladas com períodos de sol devem ser registradas na metade norte do Rio Grande do Sul, em todo o estado de Santa Catarina e no Paraná.
Durante a noite, o centro de baixa pressão atmosférica se desloca do Paraguai e se instala na costa entre Santa Catarina e Paraná, o que pode provocar chuva significativa nas últimas horas da segunda-feira entre o norte e o litoral catarinense, incluindo Florianópolis, e também no leste do Paraná, incluindo Curitiba. P
or outro lado, na metade sul do Rio Grande do Sul, a chuva já perde espaço após o avanço da frente fria e o tempo firme volta a predominar. “Será a chegada da nova massa de ar de origem polar que vai derrubar as temperaturas no Sul. Desta vez o frio vai ficar mais localizado entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina e mal chega atingir as lavouras do Paraná”, diz Desirée Brandt, meteorologista da Somar. Segundo ela, apenas o milho segunda safra do sudoeste do Paraná vai sentir mais esta queda de temperatura. Em Francisco Beltrão, a mínima prevista para a próxima terça-feira, dia 02, pode cair a 2°C com risco de geada novamente.