A primavera está prestes a começar no Brasil, mas as condições climáticas para as principais regiões produtoras de soja não são animadoras. De acordo com a jornalista Luíza Cardoso, que apresentou a previsão do tempo para os próximos 30 dias, o cenário é de seca prolongada em várias áreas estratégicas do país.
Entre os dias 23 e 27 de agosto, a chuva se concentrará no Sul do Brasil devido a uma frente fria, com precipitações esperadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Entretanto, as áreas centrais do Brasil, incluindo o Matopiba (áreas de Cerrado do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e o Centro-Oeste, continuarão sem chuva nas próximas semanas.
“Estamos falando de três semanas adiante, até o início de setembro, com pouca ou nenhuma chuva nessas regiões”, destacou.
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O fenômeno climático La Niña, que tende a resfriar as águas do Oceano Pacífico Equatorial, já está se manifestando, o que pode resultar em uma redução das chuvas no Sul e um atraso no início das chuvas da primavera nas regiões do Centro-Oeste.
“O produtor que já estiver planejando deve estar ciente de que a chuva só deve voltar ao Centro-Oeste no final de setembro, começo de outubro”, alertou a jornalista.
Regiões como Sorriso, em Mato Grosso, um dos maiores produtores de soja do Brasil, e Ribeirão Preto, em São Paulo, não devem registrar chuva nos próximos 30 dias. Enquanto isso, Cascavel, no Paraná, pode receber uma precipitação mínima no início de setembro, mas os volumes são considerados insignificantes.
A seca prolongada eleva as preocupações com os focos de incêndio e a manutenção das temperaturas elevadas, criando um cenário desafiador para os produtores de soja e milho nas próximas semanas.
Essas previsões indicam que os agricultores devem se preparar para um período prolongado de solo seco, o que pode impactar o início da nova safra de forma significativa.