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Quais as diferenças entre neve, chuva congelada e graupel?

Entenda as condições climáticas que, por sinal, foram registradas no Sul do Brasil nesta quinta-feira (18)

No fim da tarde desta quinta-feira (18), uma chuva congelada foi registrada em cinco cidades do Rio Grande do Sul: São José dos Ausentes, Piratini, Aceguá, Santana do Livramento e Cambará do Sul.

A quinta também contou com registro de neve graupel, que é um pequeno grânulo de gelo que se forma quando gotas de água super-resfriadas cobrem um floco de neve. Esse fenômeno ocorreu em Santana do Livramento e Santa Vitória do Palmar, ambos municípios gaúchos. A neve “normal” foi registrada em São Joaquim, na serra catarinense.

Para os próximos dias, segundo a Climatempo, não há grandes chances para os registros desse tipo de condição climática — também chamado de precipitação invernal. Isso porque a frente fria sairá de cena neste fim de semana para dar lugar à massa de ar de origem polar, que pode trazer geadas amplas para a região Sul, tanto no sábado (20) para o domingo (21) — o que pode, aliás, prejudicar o trigo em estágio de floração.

Explicação de neve, nevasca, chuva congelante graupel e chuva congelada

Mesmo que tais fenômenos não voltem a ocorrer no curto prazo no Brasil, com os registros ocorridos nesta semana no Sul, o Canal Rural se propõe a explicar as diferenças técnicas entre neve, nevasca, chuva congelante, graupel e chuva congelada (sleet).

Confira abaixo:

  • Neve

Precipitação que ocorre na forma de flocos formados de cristais de gelo. Ou seja: a água chega ao solo já em estado sólido. Esses cristais de gelo geralmente se formam em nuvens onde as temperaturas são menores que -20 graus Celsius. No entanto, só chegarão em forma de neve se a coluna de ar vertical estiver totalmente fria, ao contrário da chuva congelada ou congelante, onde o meio da coluna de ar pode apresentar uma temperatura mais alta.

Há dois tipos de neve:

  1. Úmida.
  2. Seca.

O primeiro caso é caracterizado por grandes flocos que se formam com temperaturas do ar em superfície próximas de zero. No segundo tipo, a neve ocorre quando os termômetros estão apresentando valores muito abaixo de zero.

  • Nevasca

nevasca
Foto: Freepik

É uma condição de tempo mais severo, onde os ventos ultrapassam os 60 quilômetros por hora (km/h). Há grande quantidade de queda de neve e, além disso, os termômetros estão com valores bem abaixo de zero (menos de -12º C, por exemplo). Isso ajuda a diminuir ainda mais a visibilidade horizontal, ficando quase nula em algumas situações.

  • Chuva congelante

chuva congelante
Foto: Freepik

Também chamada de freezing rain. Ocorre, conforme mencionado anteriormente, quando a chuva precipita de forma líquida, mas a água atinge o ponto de congelamento ao entrar em contato com a superfície, resultando em acúmulo de gelo. Há casos em que a chuva congelada e a neve, no caso granular, são registradas ao mesmo tempo.

  • Graupel

graupel
Foto: Freepik

Trata-se de pequeno grânulo de gelo criado quando gotas de água super-resfriadas cobrem um floco de neve. O graupel é branco, opaco, macio e pode desmanchar facilmente na palma da mão. Também é geralmente menor que o granizo, com um diâmetro de cerca de 0,2 e 0,5 cm.

  • Chuva congelada

chuva congelada
Foto: Freepik

Sleet é outro termo referente a essa condição climática. É quando os flocos de neve descem das nuvens numa área que está bem fria e caem numa região da atmosfera que está quente (só que uma área bem menor que a chuva congelante). Isso faz a neve derreter dentro de uma gota e, logo, passa por uma espessa área fria do ar, o que causa um novo resfriamento da gota. Ou seja: resulta em gotas de chuva congelada ou em pequenos pedaços de gelo granulares.