A seca já completou mais de 50 dias em municípios do Rio Grande do Sul, como São Gabriel, onde não chove de maneira volumosa desde o começo de novembro. Para piorar, o calor predomina ante a ausência de nuvens. “Isso aumenta a evapotranspiração e diminui a umidade do solo e os reservatórios da região”, diz a meteorologista Desirée Brandt.
As previsões meteorológicas também não animam muito: na virada do ano, uma frente fria causa episódios de chuva forte, mas o fenômeno é passageiro e segue para o Sudeste até o fim da semana que vem.
Os termômetros, que agora estão próximos de 40 ºC, devem cair com a chegada das precipitações. Porém, sobem assim que elas acabam e ficam perto de 35 ºC.
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De 27 de dezembro a 27 de janeiro, São Gabriel deve registrar 18 dias de chuva. Nesse período, os acumulados devem chegar a 246 milímetros. Chuvas mais expressivas são esperadas apenas em meados de janeiro.
Por enquanto, os acumulados mais relevantes de chuva continuam em Goiás, Mato Grosso e na região Norte. Quando a frente fria alcança o Sudeste e se conecta ao corredor de umidade da Amazônia, as precipitações ganham força na região.