Esta sexta-feira (1º) marcará a abertura nacional da colheita da safra de soja 23/24 na cidade de Tapera, centro-norte do Rio Grande do Sul. A expectativa é de tempo firme para os trabalhos em campo, com muita nebulosidade devido à umidade do oceano e condições abafadas. No entanto, não há previsão de chuva que possa atrapalhar as atividades, conforme destaca Arthur Müller, meteorologista do Canal Rural.
Após três safras com a influência do fenômeno La Niña e escassez de chuva, resultando em quebras de safra no estado, o último ciclo da soja foi marcado pela abundância de umidade devido ao El Niño. Em alguns momentos, a chuva até foi excessiva. Arthur menciona que a primavera foi extremamente chuvosa, com locais no Rio Grande do Sul registrando mais de 1000 milímetros no trimestre, causando prejuízos e atrasos no plantio.
Para março, a previsão é de mais chuva no Rio Grande do Sul, podendo interferir temporariamente na colheita. A segunda quinzena do mês será mais chuvosa do que a primeira, sendo aconselhável acelerar os trabalhos em campo para aqueles que já concluíram o plantio da soja. No Paraná e Santa Catarina, os volumes de chuva são menores.
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No Brasil central, as pancadas não devem atrapalhar significativamente os trabalhos de campo, que estão mais avançados em comparação com a temporada anterior, conforme a Conab. Os maiores volumes de chuva são esperados no Matopiba e na região Norte, mas nessas áreas, a colheita deve ser mais tardia devido ao atraso no plantio.
Para esta sexta-feira, a previsão inclui chuva no leste e litoral de Santa Catarina e do Paraná. Um cavado meteorológico provoca chuvas mais intensas no interior do Paraná e Mato Grosso do Sul, com potencial para granizo, alerta Arthur. No Sudeste, o tempo está instável entre São Paulo, sul de Minas Gerais, Rio de Janeiro e parte do sul do Espírito Santo. As pancadas podem ocorrer a qualquer momento, intercaladas com aberturas de sol.
Na região Nordeste, muitas nuvens e pancadas fortes a qualquer momento, com aberturas de sol no Maranhão, Piauí e Ceará. No Norte, o ar quente e úmido favorece muitas nuvens entre o Amazonas, Pará e o Amapá, com risco ainda de temporais. Chove forte no extremo norte de Rondônia, e as pancadas continuam à tarde, com risco de trovoadas no Acre e no Tocantins.
