Confira como se comporta o tempo no Brasil nesta sexta-feira (3) e saiba como o clima está afetando o desenvolvimento do feijão segunda safra.
Sul
Um sistema de baixa pressão deve se formar na região, levando temporais ao Rio Grande do Sul e a Santa Catarina. O volume de chuva pode chegar a 80 mm na faixa central do território gaúcho.
Nas demais áreas, a chuva varia entre 20 e 40 mm. O tempo segue com nebulosidade nos três estados.
O alerta fica para possibilidade de granizo e vendaval no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sudoeste do Paraná. Isso pode provocar estragos no milho segunda safra no Paraná, assim como em lavouras de feijão, hortaliças e culturas de inverno em desenvolvimento.
- Em Toledo (PR), temperatura máxima de 23 ºC e mínima de 19 ºC.
- Em Rancho Queimado (SC), temperatura máxima de 21 ºC e mínima de 16 ºC.
- Em Dom Pedrito (RS), temperatura máxima de 19ºC e mínima de 16 ºC.
Sudeste
Um anticiclone em médios níveis inibe a formação de nuvens, deixando o tempo ensolarado em grande parte da região, contribuindo para o fotoperíodo e manejo do solo. Mais nebulosidade somente na faixa litorânea.
- Em Coromandel (MG), temperatura máxima de 29 ºC e mínima de 17 ºC.
- Em Domingos Martins (ES), temperatura máxima é de 26 ºC e mínima de 15 ºC.
- Em Morro Agudo (SP), temperatura máxima de 30 ºC e mínima de 17 ºC.
Centro-Oeste
O tempo fica ensolarado na maior parte da região. Essa condição contribui para as operações em campo e para tratamento fitossanitário das lavouras, assim como para o desenvolvimento do milho segunda safra e algodão.
- Em Tabaporã (MT), temperatura máxima de 33 ºC e mínima de 20 ºC.
- Em Maracaju (MS), temperatura máxima de 28 ºC e mínima de 19 ºC.
- Em Chapadão do Céu (GO), temperatura máxima de 28 ºC e mínima de 17 ºC.
Nordeste
A chuva está prevista para o Maranhão, faixa central do Piauí e leste de Sergipe, onde os volumes podem variar de 20 a 40 mm no decorrer do dia.
Porém, essa chuva não deve resolver a questão do déficit hídrico no centro-sul do Piauí, e a cada dia que passa, a ausência de chuvas no interior da Bahia se
torna mais problemática, afetando principalmente as lavouras de feijão segunda safra, cultivados em sequeiro.
Nas demais áreas da região, o tempo é firme.
- Em Luís Eduardo Magalhães (BA), temperatura máxima de 31 ºC e mínima de 19 ºC.
- Em Santa Inês (MA), temperatura máxima de 30 ºC e mínima de 22 ºC.
- Em Iguatu (CE), temperatura máxima de 31 ºC e mínima de 21 ºC.
Norte
As chuvas cessam um pouco em toda a região. Os maiores acumulados estão previstos para o nordeste do Amazonas, centro-sul do Pará e centro-norte do Tocantins. Nessas áreas, a precipitação pode chegar a 50 mm no decorrer do dia.
O tempo fica mais firme apenas no centro-norte de Roraima e centro-sul do Tocantins.
A atenção fica para alta umidade e temperatura em Rondônia, onde o surgimento de antracnose na lavoura pode afetar na qualidade do grão de café agora no período de colheita.
- Em Altamira (PA), temperatura máxima de 30 ºC e mínima de 21 ºC.
- Em Gurupi (TO), temperatura máxima de 32 ºC e mínima de 22 ºC.
- Em Rorainópolis (RR), temperatura máxima de 31 ºC e mínima de 22 ºC.
Desenvolvimento da segunda safra de feijão
No Paraná, as lavouras de feijão segunda safra encontram-se em bom desenvolvimento. As primeiras áreas começaram a ser colhidas, com boa qualidade do grão, mas a produtividade foi afetada pelo clima adverso e ocorrência de doenças, principalmente a antracnose.
O volume de chuva previsto para o estado fica na casa de 25 mm nos próximos dias, o que contribuiu para o bom desenvolvimento e realização de controle químico como parte do manejo nas áreas afetadas pela doença.
Fica o alerta até domingo (7) para chance de granizo e vendaval no território paranaense, podendo causar estragos nas lavouras.
Na Bahia, a falta de chuvas regulares nos últimos 30 dias prejudica o desenvolvimento das lavouras de sequeiro. Os cultivos irrigados são favorecidos pela alta luminosidade e a redução das temperaturas noturnas, reduzindo a incidência de pragas.
As lavouras baianas de feijão estão em estágio de desenvolvimento vegetativo e início de floração. A ausência de precipitação deve persistir nos próximos dias, agravando a situação de stress hídrico nas áreas de sequeiro.
As chuvas aparecem somente no extremo centro-leste baiano no qual estão previstos até 20 mm de precipitação nos próximos cinco dias.
Em Santa Catarina, as lavouras encontram-se em diversas fases de desenvolvimento. A falta de chuva e a ocorrência de doenças fúngicas reduziram o potencial produtivo do feijão-preto em algumas regiões. O feijão cores, semeado mais cedo, apresenta melhor desempenho em campo, em razão das condições climáticas favoráveis.
Os próximos dias seguem com mais nebulosidade, prejudicando o fotoperíodo e não sendo recomendável a aplicação de defensivos agrícolas, devido à precipitação no período. Chuvas de até 70 mm por todo o território catarinense contribuem para a manutenção da boa umidade no solo. Fica o alerta até domingo para chance de granizo e vendaval no estado, podendo causar estragos nas lavouras.
Maiores acumulados de chuva por região nas últimas 24 h
- Sul – Chapecó (SC): 117mm
- Norte – Rio Branco (AC): 52,4mm
- Nordeste – Aracaju (SE): 50,6mm
- Centro-Oeste – Apiacás (MT): 15,4 mm
- Sudeste – 0 mm
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