O frio continuou intenso na última madrugada, com recordes de temperatura mínima em diversas áreas do Centro-Sul, com formação de geadas desde o sul de Goiás, áreas do cerrado e sul de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. A menor temperatura do país foi observada em Urupema com -8,9°C, de acordo com o Epagri/Ciram.
Na cidade de Assis Chateaubriand, no Paraná, a temperatura próxima de 0 °C combinada a umidade relativa do ar de 76% pode ter causado geada negra nas lavouras, algo que só vai poder ser conferido daqui a alguns dias. Nas áreas produtoras, o que chama a atenção também são as áreas de café da região de Patrocínio, em Minas Gerais, onde a mínima foi de -0,2°C, a menor temperatura do ano, com danos às lavouras.
Em outros pontos do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, as temperaturas não foram tão baixas quanto a onda de frio registrada no início de julho. “O período de exposição de frio no dia 1° aos canaviais foi maior e durou até 7 horas em alguns locais. Desta vez, observamos temperatura mais baixa por 3 horas no máximo na última madrugada”, explica Celso Oliveira, meteorologista da Somar.
De qualquer forma, existem vários valores absolutos de temperatura que foram sim recorde não só deste ano, mas também dos últimos anos. Em Rancharia, interior de São Paulo, temperaturas negativas com recorde de -4,1°C, a menor desde 2006, quando foi instalada a estação meteorológica na cidade. “Um ponto importante é o cinturão verde de São Paulo que em 30 dias sofreu 3 ondas de frio intensas o que vai impactar no bolso de todos nós”, diz Celso. Em Rio Verde, Goiás, foram registrados 4°C, mas no dia 30 de junho deste ano tivemos temperatura ainda mais baixa com apenas 1ºC.
A partir de sábado, 31, diminuem as chances de geadas em São Paulo, norte, centro e oeste do Paraná. Mas ainda há chances de geadas entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, região de Curitiba, no sul de Minas Gerais e demais áreas da Serra da Mantiqueira. Ainda não faz calor, a temperatura pela manhã continua baixa no Centro-Sul mas sem risco de geadas. As condições de chuva aumentam entre o Rio de Janeiro e Espírito Santo, atuando até o Rio Grande do Norte, com maior intensidade no Recôncavo Baiano, onde os ventos também ficam fortes. À tarde esquenta mais no Centro-Oeste e a umidade relativa do ar volta a diminuir. Chuvas também estão previstas na região Norte, com exceção de Rondônia, Acre e sudoeste do Amazonas.
No domingo, 1 de agosto, a massa de ar polar se afasta para o oceano, as temperaturas ainda ficam baixas, mas agora a condição de geada ocorre somente nas Serras Gaúcha e Catarinense e também na Serra da Mantiqueira. O tempo fica nublado entre o sul de São Paulo e o Paraná com previsão de pancadas de chuva no leste de Santa Catarina e do Paraná. No Rio Grande do Sul, tempo firme. As temperaturas entram em elevação no Brasil central.
A primeira semana de agosto será de tempo seco, aliás, não há previsão de chuva no centro-sul do Brasil por 10 dias. As temperaturas sobem mais a partir da próxima sexta-feira, 6 de agosto. O primeiro final de semana de agosto será quente no Sul e Sudeste, entre os dias 07 e 08.