A primavera de 2024 começa exatamente às 9h44 do dia 22 de setembro, ou seja, no próximo domingo.
Para a maioria dos estados brasileiros, a estação significa dias de calor e aumento gradual da frequência de eventos de chuva. Contudo, neste ano, o inverno foi mais ameno. Assim sendo, há chances de ondas de frio mais intensas nos próximos três meses?
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Para o meteorologista da equipe de previsão climática da Climatempo, Vinícius Lucyrio, sim.
“Com mais frentes frias passando pelo país, aumenta a chance de termos frio tardio na primavera, especialmente entre outubro e novembro. Há possibilidade de frio intenso nas áreas mais altas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul durante alguns dias, bem como períodos amenos e frios nas áreas ao leste do Paraná, de São Paulo e do Rio de Janeiro”.
La Niña e a chuva de primavera
O meteorologista da Climatempo lembra que aumentou-se a chance de ocorrência de La Niña, de acordo com a última projeção do International Research Institute for Climate and Society (IRI/CPC).
“Agora, há 81% de chance de ocorrência do fenômeno no trimestre outubro-novembro-dezembro e 83% para o trimestre novembro-dezembro-janeiro”.
Lucyrio destaca que o fenômeno deve trazer o retorno das pancadas de chuva frequentes e generalizadas para partes do Brasil a partir do início de outubro. Isso deve acontecer em Rondônia e no oeste de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul.
Já a partir da segunda metade de outubro, maiores volumes de chuva devem recair sobre:
- Centro-sul de Mato Grosso e no restante de Mato Grosso do Sul
- Norte do Paraná e centro-sul de São Paulo
Já a partir do início de novembro, as chuvas devem ser mais frequentes no norte e leste de São Paulo, sul de Goiás, Triângulo Mineiro, sul de Minas Gerais e sul do Rio de Janeiro.
“A partir da segunda quinzena de novembro, no centro-norte de Goiás, Distrito Federal, norte de Minas Gerais e nordeste de Mato Grosso. A partir do começo de dezembro, em Tocantins, oeste e sul da Bahia e centro-sul do Pará”A”.
Chuva abaixo e acima da média
O meteorologista salienta que a Amazônia terá chuvas acima da média já a partir da segunda quinzena de outubro.
Segundo Lucyrio, as chuvas devem vir abaixo da média para o Pará, Tocantins, leste do Amazonas, norte de Goiás e para todo o Nordeste.
“E um pouco acima da média entre o Amazonas, Acre, Rondônia, sudoeste de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, norte do Paraná e de São Paulo. Porém, um pouco abaixo da média no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina”.