A frente fria associada a um ciclone extratropical mal provocou chuva no Rio Grande do Sul. Os acumulados baixos e pontuais não foram suficientes para alterar os índices de água disponível no solo. Na maior parte do estado, os valores estão abaixo de 50%, o que preocupa produtores rurais. “É exatamente a área em que a estiagem agrícola dura mais tempo, cerca de 25 dias sem registro de precipitações com ao menos 10 milímetros em 24 horas”, afirma Pryscilla Paiva, editora de Tempo do Canal Rural.
No noroeste gaúcho, os índices acima de 60% se devem ao efeito das instabilidades no interior do continente, que têm provocado chuva mais frequente.
Para os próximos dias, segundo a previsão do tempo, pouca coisa muda nesse cenário: enquanto o excesso de chuva preocupa agricultores do Norte e Nordeste, a estiagem ainda castiga os do Sul. Não há condição de chuva em praticamente todo o Rio Grande do Sul, por influência de uma massa de ar seco inibindo a formação de instabilidades.
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Com a estiagem, a preocupação continua, e não só para as áreas produtoras. O nível das bacias gaúchas, a geração de energia e o próprio abastecimento das cidades ficam comprometidos. Já são 241 municípios em situação de emergência.
Ao longo desta semana podemos ter chuva em pontos da Campanha, extremo sul, faixa leste e litoral do Rio Grande do Sul por conta da umidade que vem do oceano devido à circulação dos ventos. Porém, uma chuva rápida, isolada e sem acumulados significativos.