Novas áreas de instabilidade passaram pelo Rio Grande do Sul e, mais uma vez, as regiões mais prejudicadas pela estiagem não receberam nenhum milímetro de chuva sequer, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia. Em compensação, os ventos foram intensos e atingiram a marca dos 60 km/h.
“É o famoso temporal sem chuva, aquela instabilidade forte que traz ventania, às vezes até granizo, mas volume bom para a agricultura, nada”, diz o meteorologista da Somar, Celso Oliveira. Já na região norte do Rio Grande do Sul, as lavouras foram bem mais beneficiadas e o acumulado passou dos 50 milímetros em algumas cidades.
Nesta sexta-feira, 31, a expectativa é de chuva no Sul do Brasil. Dessa vez, o destaque destaque vai para o norte e o leste do Paraná com potencial de chuva volumosa devido a atuação de instabilidades em altos níveis da atmosfera. No leste do Rio Grande do Sul também pode chover de forma significativa, porém, de forma isolada devido a presença de um centro de baixa pressão atmosférica na costa. Nas demais áreas, chuva rápida e sem grandes acumulados.
Fevereiro vai começar com chuva em boa parte da região, com destaque ainda para a metade norte do Paraná com potencial de chuva volumosa. Vale ressaltar também que na faixa leste do Paraná e no litoral norte de Santa Catarina, o dia deve ficar fechado, com chuva a qualquer momento. Por outro lado, o tempo firme volta a predominar na maior parte do Rio Grande do Sul com o avanço de uma massa de ar seco.
A tendência para o domingo, 2, é de poucas mudanças no tempo. Chuva em grande parte da região, com destaque ainda no norte e leste do Paraná, e tempo seco na maior parte do Rio Grande do Sul, onde a chuva forte não volta tão cedo.
Um levantamento realizado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mostra que o Proagro e o Seguro Rural registraram 6.719 comunicados por perdas pela seca no Rio Grande do Sul. Os pedidos dos produtores se concentraram nas perdas no milho, que representaram 54,5% do total de comunicados do Proagro ou Seguro nas três culturas mais afetadas – milho, soja e uva.