Um novo bloqueio atmosférico vai se estabelecer na porção central do país nos próximos dia. De acordo com a Climatempo, o sistema ficará posicionado sobre a região Sudeste, inibindo a chegada de novas frentes frias. Dessa forma, irá provocar condições de tempo quente e seco em boa parte do Centro-Sul.
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Essa área do país vai enfrentar um veranico, que é o que ocorre quando o tempo está atipicamente quente por mais de quatro dias em pleno inverno ou mesmo durante o outono, como explica a Climatempo. É um período de temperaturas acima da média, de tempo seco e pouca chuva.
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Esse veranico deve durar, de forma geral, do dia 5 ao dia 14 deste mês. Mas o Centro-Oeste, onde há áreas com temperaturas acima de 30 °C, já começou a sentir seus efeitos, e possivelmente deve enfrentar um período mais prolongado de calor, de acordo com o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller.
No Sul, por sua vez, o tempo vai esquentar mais devagar, e o calor deve se dissipar antes, com a provável chegada de uma frente fria. Parte da região, especialmente o Rio Grande do Sul, deve ficar com temperatura entre 5 °C e 8 °C acima da média.
Nos próximos dias, o Sudeste ainda terá noites mais frescas, até mesmo com sensação de frio em áreas de Minas Gerais e de São Paulo, assim como partes de Goiás, leste de Mato Grosso e Distrito Federal.
Durante as tardes, porém, as temperaturas vão subir bastante e ficar acima da média para esta época do ano. Mesmo assim, não serão tão elevadas quanto na época do verão e da primavera, ou mesmo tão altas quanto na onda de calor enfrentada de maio.
Esse mesmo sistema de alta pressão que provoca o bloqueio também favorece ingresso de ar quente sobre áreas das porções oeste e sul do Brasil, e com isto, as temperaturas devem ficar bem acima da média em áreas do oeste e sul de Mato Grosso do Sul.
Isso não significa que o calor será intenso nessas áreas, mas que as temperaturas vão ficar altas para os padrões de junho, configurando um episódio de veranico.
Veranico não é onda de calor
O sistema que está se instalando no Centro-Sul do país não se configura como uma onda de calor, ressalta a Climatempo.
A onda de calor é definida não apenas pelos valores de temperatura previstos, mas também como a forma como afeta a saúde das pessoas – tanto o calor noturno, quanto o diurno. Neste caso, o que caracteriza o cenário no período de 5 a 14 de maior é uma pausa nas chuvas.
As máximas previstas não são incomuns de acontecerem pontualmente em junho, mas o que chama mais a atenção é a duração desse período mais quente. Em algumas regiões do interior do estado de São Paulo, as máximas podem ficar entre 30 °C e 32 °C; no Rio Grande do Sul, em torno de 28 °C a 30 °C; e em Mato Grosso do Sul, de 34 °C a 35 °C.
