O verão começa oficialmente na quarta-feira (21) a partir das 18h48 (horário de Brasília), no Hemisfério Sul, com impactos na safra de grãos 2022/23. No verão, as chuvas são frequentes em praticamente todo o país, com exceção do extremo sul do Rio Grande do Sul, nordeste de Roraima e leste do Nordeste, onde geralmente os totais de chuvas são inferiores a 400 milímetros (mm), informa o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em comunicado.
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Na área que engloba áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e oeste da Bahia — o chamado Matopiba —, a efetivação da previsão de chuvas acima da média nos próximos meses pode auxiliar na manutenção da umidade no solo e favorecer as culturas na região. Sãos os casos, por exemplo, da soja, do milho primeira safra e do algodão. Segundo o Mapa, a exceção fica por conta de faixas do sul do Tocantins e do oeste da Bahia, principalmente em janeiro de 2023.
No Brasil Central, o retorno gradual das chuvas, que foi observado nos últimos meses, contribuiu para um aumento dos níveis de água no solo e tem sido importante para o estabelecimento das culturas de verão no campo, como a soja, milho, feijão e algodão. No entanto, as chuvas irregulares previstas para os próximos meses, além de um possível veranico, ou seja, chuvas abaixo da média — principalmente no mês de janeiro de 2023 em áreas de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul — podem causar impacto negativo no armazenamento de água no solo e nas culturas que se encontrarem em estágios de desenvolvimento mais sensíveis.
Verão no Sul: segue o La Niña
Pela região Sul, a redução das chuvas em grande parte da região influenciada principalmente pela persistência do fenômeno La Niña, em especial no Rio Grande do Sul, causou restrição hídrica nas fases iniciais dos cultivos de verão. Além disso, as chuvas previstas dentro ou abaixo da média podem reduzir os níveis de água no solo, principalmente em áreas do centro-sul do Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina, e causa impacto negativo nas culturas agrícolas que se encontrarem em estágios de desenvolvimento mais sensíveis como a soja, o milho primeira safra e o feijão.
O impacto do fenômeno La Niña na safra de verão brasileira foi tema da entrevista concedida pelo meteorologista Willians Bini, head de agronegócio da Climatempo, ao Canal Rural. Ele falou sobre o assunto ao conversar com o jornalista e apresentador Antônio Pétrin durante a edição desta quarta-feira (21) do telejornal ‘Mercado & Companhia‘ (vídeo acima).
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